Boa noite! Eu vi no site skinpickingsupport um texto sobre mitos e verdades da Dermatilomania.
Achei bem bacana e tentei traduzir pra colocar aqui.
Peço desculpas caso tenha algum erro.. não sou tão boa no inglês! kkk
1. MITO: Skin pickers podem parar a qualquer momento.
VERDADE: Se esse fosse o caso, nós já teríamos parado
porque isso causa problemas emocionais por ter que lidar com as feridas e
marcas do corpo. Nosso corpo é ativado por um sistema de recompensa que reduz a
ansiedade toda que vez que fazemos uma “boa cutucada”, que pode nos fazer
sentir realizados e manter o nosso comportamento. No momento em que descobrimos
sobre o diagnóstico, o comportamento já está enraizado no nosso dia-a-dia,
tornando muito mais difícil de reverter o comportamento e achar outros mecanismos
para parar a ansiedade. Nós machucamos nossa pele para reduzir a ansiedade, mas
ficamos ainda mais ansiosos por causa das visíveis marcas que criamos daí
voltamos a machucar para reduzir essa ansiedade, criando um circulo vicioso.
2. MITO: Todos os skin pickers possuem distúrbios na pele que
os fazem cutucar.
VERDADE: Embora muitas pessoas começam a cutucar
a pele por causa de problemas na pele (ex: Acne, Eczema),nem todos precisam ter
para iniciar. Ter o problema pode desencadear a Dermatilomania, mas muitos de
nós começamos cutucando falhas percebidas como espinhas e cravos causando um
comportamento compulsivo. Alguns skin pickers, principalmente os portadores de Transtorno
Dismórfico Corporal, nunca tiveram um distúrbio na pele mas acham imperfeições
para cutucar
3. MITO: Cutucar a pele é o mesmo que se cortar/ queimar.
VERDADE: Isso é o que irrita todos os pickers. Não há nada tão desprezível
como quando alguém tenta se relacionar com você dizendo "Oh, eu sei o que você está passando ... Eu
costumava me cortar". Sim,
as pessoas estão tentando se relacionar,
mas a falta de conhecimento sobre o que
é Dermatillomania nos deixa loucos! Algumas
pessoas com Dermatillomania se
envolvem em outros comportamentos, mas isso não é um pré-requisito para ter a doença
nem há uma conexão direta entre os dois. Uma pessoa que se corta (mesmo que seja compulsivamente)
faz para sentir a dor física, a fim de liberar endorfinas
que fazem ele / ela se sentir
melhor, como uma distração para
não ter que lidar com a turbulência
emocional. Muitos skin pickers têm
uma distorção cognitiva que é justificada quando cutucam, assim eles criam "missão"
que pode fazer com que ignorem a maior parte da dor física, a fim de alcançar o que estão definidos para "realizar".
4. MITO: Todo mundo espreme algumas espinhas...
Isso faz com que todos tenham Dematilomania em algum grau?
VERDADE: Dermatillomania
não é simplesmente espremer algumas espinhas. Há uma natureza obsessiva por
trás do desejo, razão pela qual ele foi classificado no TOC e Transtornos do
Controle de Impulsos. Há uma natureza repetitiva por trás de cutucar sua pele e é uma decisão
consciente para colocar-se na frente de um espelho e 'pesquisar' imperfeições, uma
ação que começa sem você perceber, enquanto você assiste TV, ou algo que você
faz enquanto você dorme. Cutucar a pele torna-se um transtorno quando você é
incapaz de parar a si mesmo no momento, não pode controlar quando você está
fazendo isso / quantas vezes você faz isso, e isso afeta o seu dia-a-dia,
enquanto afeta sua auto-estima.
5. MITO: Para ser um skin piker significa que você faz isso
porque se odeia MUITO.
VERDADE: Muitas pessoas com Dermatillomania começam com baixa autoestima e sentem como tivessem que consertar algo que está errado com elas e usam o ato de cutucar como uma forma socialmente aceitável de fazer se
sentir melhor (é aceitável porque não é visível até
que se torne um transtorno). Para
todos nós, as questões de autoestima surgem ou são intensificadas pelo transtorno, porque nos sentimos sozinhos,
não podemos controlar nossos impulsos,
e culpamos a nós mesmos; ele também nos impede de nos sentirmos aceitos, nos
faz sentir julgados (se a verdade vem à tona), não compreendidos, e nos
impede de até mesmo de nos aproximar do que é "normal".
O estigma da doença e os julgamentos sobre as
marcas em nossos rostos / corpos são o que nos
levam a sentimentos de isolamento
e auto-aversão.
6. MITO: Pessoas que
cutucam a própria pele, deixando marcas, fazem isso para chamar atenção.
VERDADE: Muito pelo contrário, na verdade. Nós gastamos muito de nosso tempo tentando esconder os
danos com maquiagem ou roupas
para que possamos enfrentar o mundo sem
que ninguém perceba nossas cicatrizes, pois uma grande maioria de nós têm vergonha das marcas não apenas porque eles prejudica a nossa pele, mas porque fomos nós que as causamos e continua
sendo. Tentamos esconder o
fato de que temos esse transtorno
porque não é bem conhecido pelo o
público e os estereótipos ligados
a ele são prejudiciais.
7. MITO: Cutucar a própria pele a ponto de
provocar danos visíveis significa que você está sob o efeito de drogas.
VERDADE: A
metanfetamina é um estimulante que pode resultar em cutucar a pele durante
alucinações de algo sob a pele, que acontece por causa uma psicose de anfetamina.
Também é um estimulante que aumenta o foco e acelera os processos de pensamento,
o que pode estimular o comportamento obsessivo. Uma vez que a droga é removido
do corpo, é mais do que provável que os comportamentos desaparecem, porque é a fonte
que induziu a Dermatillomania. Aqueles de nós que não usam drogas têm
diferentes causas para cutucar a pele. (veja o próximo mito).
8. MITO: Skin pickers veem coisas sobre ou sob a pele que não estão lá; eles enfrentam uma psicose.
VERDADE: Uma pequena
porcentagem de skin pikers tem experiências psicoticas, mas não há uma
correlação direta entre cutucar a pele e a psicose; os transtornos mais comuns que
andam junto com Dermatillomania são Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno
Dismórfico Corporal (TDC), Transtornos de Ansiedade, tricotilomania, depressão
e transtornos de personalidade. Nos casos de psicose, sendo a principal causa de
cutucar a pele, o comportamento irá descontinuar quando a psicose é tratada; lembre-se,
há um pequeno número de indivíduos com
psicose que têm Dermatillomania como uma questão separada- é um transtorno, e
não um sintoma, para estes indivíduos.
9. MITO: Dermatillomania é uma doença inventada feita
para encher o DSM (O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) -se fosse uma doença
real, ele já estaria
lá.
VERDADE: Por que alguém iria inventar isso? O que iria ganhar
com isso? A tricotilomania (transtorno
de arrancar cabelos) foi adicionado no DSM III-R enquanto cutucar
a pele permaneceu um sintoma de
outros distúrbios, tais como Transtorno de Personalidade Borderline,
caindo sob a categoria de auto-mutilar.
Ela estava escondido nos contextos de mutilação, porque causar dano na própria pele significa mutilar, mas ele não
foi explorado como um distúrbio independente
até mais tarde. Esta
é uma razão pela qual é tão alta
comorbidade com outras
doenças mentais. A outra razão é
que Dermatillomania afeta muito mais da vida de uma pessoa que no momento
em que é reconhecido, ele já
criou problemas em outras áreas da vida do indivíduo, que atribui a outras doenças mentais.
10. MITO: Cutucar a pele é apenas um mau hábito.
VERDADE: Por mais comportamento de cutucar a pele possa ser considerado
habitual na natureza, reduzi-lo para "hábito" é doloroso para nós; quando
ouvimos falar de um "mau hábito" não podemos deixar de pensar em
casos de mau hábito: como para um homem
de nunca colocar o
assento para baixo em uma família
predominantemente feminina, apesar das notificações,
cortando as unhas do pé e não jogar fora os recortes em
uma base regular, ou de forma consistente não limpar migalhas de um
contador depois de corrigir a si
mesmo um sanduíche quando está
sendo dito um milhão de vezes. É melhor
classificado como transtorno obsessivo-compulsivo
ou mesmo um vício comportamental.
11. MITO: Skin picking não é um problema sério – é superficial
porque prejudica apenas a aparência.
VERDADE: O simples
ato de uma pessoa espremer algumas espinhas é inofensivo, mas a Dermatillomania
é um problema sério que afeta todas as áreas
da vida. O isolamento social e físico, pensamentos
suicidas, vergonha, a perda de controle que começa ao pensar no trabalho / escola
/ outros pensamentos (depressivos e / ou obsessivos), e ansiedade sobre a falta
de controle, sendo visto com marcas, ansiedade social, ou ansiedade generalizada.
Esta é apenas uma pequena lista de como ela nos atinge emocionalmente, mas não
é o único lado que é afetado.
Fisicamente estamos propensos a infecções, mesmo se mantivermos as nossas
"ferramentas de cutucar" (clipes, pinças, agulhas, etc) e escolhermos
as áreas limpas. Há bactérias que ameaçam a vida lá fora, que são resistentes
aos antibióticos e tudo o que leva um caminho errado para entrar uma ferida antes
que não há nada que você possa fazer sobre isso. Claro que estas são circunstâncias
mais raras, mas há uma razão pela qual os nossos pais tinhma um ritual para nós
quando ralavamos nosso joelho, que incluiu a limpeza, mertiolate e um bandaid –i
magina ter que fazer isso para cada ferida todo o tempo! Ao entrar no "estado
de transe" em que se dissociam e não se sentem os efeitos da dor que
estamos causando, podemos (e isso está documentado) rasgar músculos ou veias / artérias que precisam de
atenção médica imediata.
Pode parecer superficial para muitos, mas quando você tem uma cicatriz que você
diz que foi feito por suas próprias mãos, a vergonha e a culpa são suficientes
para consumir uma pessoa.
12. MITO: Não existe tratamento para Dermatilomania.
VERDADE: Aqui está a boa notícia - existem tratamentos para esse distúrbio. Apesar da Dermatillomania ser altamente resistente
ao tratamento, existem métodos que
são conhecidos para ajudar o portador.
Os tratamentos mais comuns são a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC),
que inclui terapia de reversão de hábito
e de estímulo de
controle e / ou SSRI (antidepressivos) para tentar diminuir a
gravidade dos impulsos. Outros métodos incluem, mas não estão limitados a, hipnoterapia, acupuntura, meditação, oração, yoga, grupos de
apoio, e um programa de AA.
Uma pesquisa foi feita em um suplemento chamado N-acetilcisteína,
que aumenta os níveis de gluthione
no corpo, visto em um estudo para reduzir os impulsos de puxar o cabelo quando
tomado em doses mais elevadas. Ele
ainda não foi analisado para uso a longo prazo pelos ultimos 3 meses, por isso não é um método aprovado, mas da esperança para
pessoas com esses disturbios de comportamento.